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Estratégias

Computadores voluntários

Uma ferramenta capaz de ajudar no combate a alguns dos principais problemas de saúde costuma ser subutilizada. Trata-se do computador pessoal, presente em milhões de escritórios e casas. Partindo dessa premissa, a Organização Européia para Pesquisa Nuclear (Cern) desenvolveu o projeto  Africa@home, com o objetivo de analisar dados de pesquisas ligadas às principais doenças que afetam a população do continente africano. A primeira ferramenta, o programa malariacontrol.net, foi criada por pesquisadores do Instituto Tropical Suíço e instalada em computadores de mais de 5 mil voluntários em diversos países. A proposta é realizar simulações de como ocorre a proliferação da malária. O funcionamento é simples. Toda vez que o computador for ligado, mas não estiver sendo usado, o <em>software</em> entra em ação. Ao reunir o poder de processamento de milhares de máquinas ligadas na internet, o sistema processa dados que levariam anos se fossem feitos apenas nos computadores do instituto suíço. A lógica por trás do projeto, a computação voluntária, tornou-se conhecida com o seti@home, iniciativa do programa norte-americano Seti, de busca de inteligência extraterrestre. Mais de 5 milhões de voluntários instalaram o programa desde 1999, formando uma imensa rede de processamento de sinais de rádio colhidos por instrumentos como o radiotelescópio de Arecibo, em Porto Rico. Por enquanto, não encontrou nenhum sinal de ETs.

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