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Tecnociência

Contando galáxias ativas

Amadores gostam de procurar estrelas num cantinho do firmamento. O astrofísico Marcio Maia, do Observatório do Valongo da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), foi mais específico e ambicioso: vasculhou metade do céu visível do Hemisfério Sul e descobriu que 3% de suas galáxias são da classe Seyfert, com um núcleo ativo e brilhante que expele enormes quantidades de energia.

Isso ocorre porque, no centro desse tipo de galáxia, há provavelmente um buraco negro supermassivo, capaz de sugar a matéria existente ao seu redor. Antes de ser engolida, essa matéria forma um disco bastante quente e passa a emitir muita radiação. Essa classe de galáxia é uma máquina de moer matéria, diz Maia, que mapeou 162 Seyfert na porção estudada do céu. Entre os resultados do trabalho, publicado em outubro na Astronomical Journal, estão indicações de que o fenômeno Seyfert é regulado mais por características intrínsecas às galáxias do que por fatores externos.

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