Os antigos ingleses usavam crânios humanos como copos. Pesquisadores do Museu de História Natural de Londres e do University College London encontraram sinais de manipulação pós-morte de esqueletos humanos na caverna de Gough, em Somerset, sudoeste da Inglaterra. Os tecidos moles eram extraídos, a mandíbula retirada e o alto do crânio transformado em cuia – as bordas eram retocadas para se tornarem mais regulares. Os especialistas chegaram a essa conclusão após examinar 41 peças (37 fragmentos de esqueletos e 4 de mandíbulas) de pelo menos cinco pessoas (uma criança de 3 anos, dois adolescentes e dois adultos) que viveram há estimados 14.700 anos. A determinação da idade dessas peças faz desses os crânios-copos mais antigos já encontrados e, por enquanto, os únicos conhecidos do arquipélago britânico. Relatos de crânios usados como taças são antigos, mas amostras arqueológicas são extremamente raras.
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