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Boas práticas

Currículo fictício

Pesquisador chinês perde emprego em universidade depois de inventar credenciais no início da carreira

O engenheiro de materiais Guo Wei foi demitido da Universidade de Ciência e Tecnologia de Jiangsu (Just), na China, depois de uma investigação interna concluir que ele cometeu “má conduta acadêmica grave”. Wei ocupava o cargo de cientista-chefe da universidade, onde ganhou respeito acadêmico por desenvolver uma liga de titânio capaz de suportar temperaturas muito baixas, um material que passou a ser utilizado na exploração de petróleo em águas profundas.

No início de 2025, quando se candidatou a uma vaga na Academia Chinesa de Ciências, ele deu entrevistas afirmando ter credenciais que depois se revelaram falsas. Dizia que havia sido o estudante com maior nota em ciências em sua província, Shaanxi, em 1994, e que mais tarde tinha estudado em universidades da China e da Austrália, antes de ir trabalhar como engenheiro na Alemanha e se tornar membro da Academia Nacional de Ciências alemã.

Vários pontos desse histórico foram contestados por usuários de redes sociais. Primeiro, foram divulgados documentos mostrando que o aluno com melhor nota em Shaanxi em 1994 era outra pessoa. Depois, foi desmentida sua passagem pela Universidade Wollongong, na Austrália, e pela academia alemã. Na verdade, o início de carreira de Wei fora trivial: ele trabalhou como engenheiro em empresas chinesas.

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