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SAÚDE MENTAL

Depressão e ansiedade entre estudantes

Léo Ramos Chaves / Revista Pesquisa FAPESPEntre os 748 entrevistados, um em cada quatro apresentou sinais de ansiedade grave ou depressão moderadaLéo Ramos Chaves / Revista Pesquisa FAPESP

Um levantamento com 748 estudantes de nove universidades públicas do Brasil registrou alta prevalência de depressão (51%) e ansiedade (42,5%), de acordo com um estudo coordenado pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Como os questionários on-line que fundamentaram as conclusões foram respondidos entre agosto e novembro de 2022, durante a pandemia de Covid-19, a dificuldade para se adaptar às aulas on-line, conduzidas até o semestre anterior, pode ter contribuído para acentuar os distúrbios psíquicos. Participaram do levantamento estudantes de universidades públicas de Santa Maria (RS), Florianópolis (SC), Rio de Janeiro (RJ), Montes Claros (MG), Brasília (DF), Natal (RN), Castanhal (PA), São Cristóvão (SE) e Fortaleza (CE). A maioria era de mulheres, pretos e pardos, com renda familiar de menos de dois salários mínimos. Em 2018, a Organização Mundial da Saúde (OMS) mostrou que 35% de uma amostra de 13.984 estudantes universitários de oito países (Austrália, Bélgica, Alemanha, México, Irlanda do Norte, África do Sul, Espanha e Estados Unidos) tinha pelo menos um dos sinais de depressão, ansiedade ou transtorno do pânico, em razão de problemas financeiros e dos desafios da vida acadêmica (Revista de Saúde Pública, fevereiro).

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