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Tecnociência

Dez anos em órbita

O primeiro satélite brasileiro completou dez anos em órbita em fevereiro último. O SCD-1, satélite de coleta de dados, foi projetado e construído pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) para captar sinais de plataformas coletoras de dados ambientais instaladas em terra e retransmiti-los para a estação de recepção e processamento do Inpe em Cuiabá (MT).

O sistema de coleta de dados conta, atualmente, com uma rede composta de mais de 500 plataformas espalhadas em todo o território brasileiro, algumas em regiões bem remotas, que possuem sensores eletrônicos responsáveis pela medição de vários parâmetros ambientais, como nível da água em rios e represas, qualidade de precipitação pluviométrica, pressão atmosférica, intensidade da radiação solar, temperatura do ar, entre outros. “O satélite, que está a cerca de 750 quilômetros de altitude, dá cerca de 14 voltas por dia ao redor da Terra”, diz Wilson Yamaguti, engenheiro do Inpe que trabalhou no projeto do SCD-1. “Quando passa sobre as plataformas, atua como um espelho.”

De Cuiabá, os dados, coletados a cada dez ou 12 minutos são transmitidos para Cachoeira Paulista, onde ficam disponíveis para empresas e instituições no Brasil e no exterior. Em outubro de 1998 foi lançado um segundo satélite de coleta de dados, o SCD-2. “O papel da missão é o mesmo, coleta de dados, mas o satélite passou por um processo de aperfeiçoamento tecnológico”, diz Yamaguti. “A órbita do segundo complementa a do primeiro.”

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