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Brasil

Diagnóstico rápido e econômico

A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) celebrou um acordo de transferência de tecnologia com a empresa americana Chembio, dando o primeiro passo para a nacionalização dos testes rápidos para diagnóstico do vírus da Aids. A produção vai começar em abril e, ainda em 2004, atenderá à demanda do Ministério da Saúde. A cada ano, o Programa Nacional de Doenças Sexualmente Transmissíveis e Aids do Ministério da Saúde faz 300 mil exames. Hoje, os kits são todos importados e custam US$ 1 milhão ao país. Na primeira fase, a Fiocruz vai comprar a matéria-prima da Chembio para produzir os kits no Brasil, com uma redução de 20% no preço.

Em 2006, a produção será nacionalizada, ampliando a economia para US$ 500 mil por ano. O teste rápido é fundamental para o diagnóstico de grávidas que não fizeram pré-natal e de recém-nascidos. Graças a ele, é possível tomar medidas que impeçam a transmissão de mãe para filho, como evitar o aleitamento. Dados do ano 2000 mostram que 148 mil crianças brasileiras nasceram sem que suas mães fizessem o pré-natal. Em 2003, a transmissão de mãe para filho respondeu por 82,3% dos casos de infecção por HIV em crianças no país. A Fiocruz pretende adaptar a tecnologia do teste rápido para criar exames de diagnóstico de moléstias como a dengue, a leptospirose e a leishmaniose.

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