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Boas práticas

Dinamarquês que liderou delegação para investigar origem da Covid-19 cai por assédio sexual

A Organização Mundial da Saúde revelou em abril que o dinamarquês Peter Ben Embarek, especialista em zoonoses e em segurança alimentar e coordenador de programas da instituição há duas décadas, foi demitido no final do ano passado após uma investigação de má conduta sexual. Embarek liderou a delegação da agência incumbida de investigar as origens do novo coronavírus na China, há dois anos. Essa é a segunda baixa recente na instituição por má conduta. Em março, o diretor regional no Pacífico Ocidental, o médico Takeshi Kasai, foi demitido por assédio e intimidação.

De acordo com Marcia Poole, porta-voz da OMS, os casos que levaram à demissão de Embarek ocorreram entre 2015 e 2017 e foram denunciados pela primeira vez em 2018. Havia outras alegações contra o cientista, mas elas não puderam ser apuradas, disse Poole à agência Associated Press, porque as pessoas apontadas como vítimas não quiseram se envolver na investigação. Segundo a organização, a demora em analisar as alegações contra o dinamarquês se deveu a um acúmulo de casos semelhantes para resolver – só foi possível zerar o atraso no início deste ano. Ao jornal Financial Times, Embarek disse que a sanção não é definitiva e que a contestou. Admitiu ter sido acusado de assédio sexual em 2017, mas afirmou que o incidente foi resolvido amigavelmente e que não conhece outros casos.

A OMS reiterou que tem trabalhado para erradicar o abuso sexual de seus quadros desde que surgiram relatos sobre crimes sexuais cometidos contra dezenas de mulheres no Congo. Cerca de 80 profissionais contratados pela agência foram acusados de estuprar mulheres e garotas e a exigir sexo em troca de empregos.

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