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Instituição

Diretor científica da FAPESP é reconduzido

O professor José Fernando I Perez, diretor científico da FAPESP desde dezembro de 1993, vai permanecer na função por mais três anos: ele foi nomeado no último dia 12 de dezembro, pelo governador Mário Covas, para um segundo mandato.

Diplomado em Engenharia Eletrônica pela Escola Politécnica da USP e doutorado pela Escola Politécnica de Zurique, Suiça, o professor Perez, 52 anos, é titular do Instituto de Física da Universidade de São Paulo (USP). Foi coordenador da Pós-Graduação dessa instituição por cinco anos.

Entre suas atividades científicas inclui-se a publicação de 55 artigos originais nas áreas de Física Estatística, Física Matemática, Teoria Quântica de Campos e Matemática Aplicada em revistas especializadas. Foi professor visitante no Departamento de Matemática da Universidade da Califórnia Irvine, na Universidade de Roma e no Bedford CoUege de Londres.

A mais recente distinção do professor Perez foi recebida por ele um dia antes de sua nova nomeação para a diretoria científica da FAPESP: o grau de Comendador da Ordem Nacional do Mérito Científico pelas contribuições ao desenvolvimento científico, entregue pelo Presidente Fernando Henrique Cardoso, no dia 11 de dezembro, no Palácio do Planalto.

Um tempo de consolidação de programas
Para o diretor científico da FAPESP os próximos anos serão certamente de consolidação das muitas inovações introduzidas pela Fundação no fomento à pesquisa, nos últimos anos. “Foram sete novos programas especiais que a FAPESP criou num curto espaço de tempo e vários deles precisam ser consolidados”, resume ele.

Na avaliação do professor José Fernando Perez, há sempre uma inevitável distância entre o que está escrito no papel a respeito de qualquer novo programa e o entendimento que cada pesquisador, conforme os próprios interesses, tem a respeito das suas regras. Assim, o diretor científico alinha, por exemplo, entre os que passarão por um processo de consolidação, o Programa de Apoio a Jovens Pesquisadores em Centros Emergentes, em relação ao qual surgiram muitas dúvidas. “Uma certa ambiguidade cercou a palavra jovem e a expressão centros emergentes e só com a prática, que termina por criar uma cultura, ficará claro o que a Fundação entende por uma coisa e outra”, diz o professor Perez.

O mesmo vale para o Programa de Apoio à Capacitação Tecnológica de Universidades, Instituições de Pesquisa e Desenvolvimento e Empresas, que começa a dar seus primeiros frutos e para recentíssimo programa de apoio à inovação tecnológica em pequenas empresas, ainda em fase de lançamento. “Quanto ao programa de Infra-Estrutura, muito bem sucedido, segundo todos os testemunhos da comunidade científica e tecnológica, ele será reavaliado pelo Conselho Superior, que decidirá sobre seus desdobramentos”.

Afora essa questão da consolidação de programas especiais, o professor Perez acredita que a FAPESP certamente apostará, nos próximos anos, na informatização, para melhorar os tempos e a qualidade da análise dos projetos submetidos à Fundação dentro das linhas ordinárias de fomento à pesquisa. A preocupação é com a informatização tanto interna quanto de ligação entre a FAPESP e os assessores que analisam o mérito dos projetos apresentados”, explica ele.

Sem um avanço nesse campo, o que basicamente significa fazer transitar todos os processos relativos a solicitação de bolsas e auxílios por meios eletrônicos, o aperfeiçoamento das análises será impossível, dado o aumento no volume de solicitações feitas à FAPESP. “Há três anos, tínhamos que decidir sobre 6,5 mil solicitações, mas já em 1996 deram entrada na Fundação 13 mil pedidos e isso representou um enorme impacto sobre nossa estrutura de análise”, diz o professor Perez.

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