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Alcântara

Disputa por Alcântara

laura_alcantaralaurabeatrizPrevista para sair neste mês uma decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) sobre os critérios para demarcação de terras de quilombos no país é aguardada com ansiedade por autoridades e pesquisadores vinculados ao programa espacial brasileiro. Em novembro, o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) delimitou o território da comunidade remanescente do Quilombo Alcântara, no Maranhão. Foram reservados para os descendentes de quilombolas 78,1 mil hectares de terra, deixando apenas 9,3 mil hectares para o centro de lançamento de foguetes de Alcântara. O espaço restrito bloqueia os planos de expansão do centro. O ministro da Ciência e Tecnologia, Sérgio Rezende, chegou a criticar a “intransigência” dos movimentos sociais ligados aos quilombos, que se recusam a rediscutir a partilha. O ministro da Defesa, Nelson Jobim, chegou a anunciar que havia solicitado à Advocacia-geral da União a criação de uma câmara de conciliação para discutir o impasse. Mudou de ideia ao saber que os magistrados do STF irão julgar uma Ação Direta de Inconstitucionalidade contra o decreto do governo que regulamentou o artigo da Constituição sobre a questão quilombola.

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