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MUNDO

Do Congresso para a Esplanada

O novo Ministro da Ciência e Tecnologia, deputado federal Eduardo Campos (PSB-PE), assume o cargo com o desafio de dar mais peso político à pasta e restabelecer a relação do governo com a comunidade científica, desgastada na gestão do antecessor Roberto Amaral. Vai administrar um orçamento de R$ 4 bilhões, num ano em que o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva promete não contingenciar tanto os recursos públicos como fez em 2003. Se vencerá as quedas-de-braço com a área econômica, o tempo é que vai dizer.

O fato é que Campos tem bom trânsito no Palácio do Planalto, consolidado como líder da bancada do Partido Socialista Brasileiro (PSB) na Câmara em 2003. Economista de formação e político profissional, assumiu aparando arestas: deixou claro que defende o uso pacífico da energia nuclear, sepultando a polêmica aberta por Roberto Amaral há um ano. “Não é o ministro que define a política nuclear no Brasil”, afirmou.

Campos tem 38 anos de idade. Está no terceiro mandato de deputado federal e foi secretário de governo e da Fazenda de Pernambuco entre 1995 e 1998. Campos já afirmou que quer manter uma boa relação com a academia e garantiu que vai procurar todos os setores da comunidade científica, “O momento é de unidade”, disse. O Ministério da Ciência e Tecnologia segue sob a influência do PSB, que havia indicado Amaral.

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