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Tecnociência

Do deserto para a Europa

Usar a energia solar gerada em regiões desérticas do Oriente Médio e norte da África pode ser a solução para a Europa reduzir o consumo de petróleo e carvão mineral e adotar uma fonte de energia limpa e renovável. É o que sugerem dois estudos alemães apoiados pela Cooperação Transmediterrânea de Energias Renováveis (da sigla Trec, em inglês). Eles mostram que usinas de energia solar ocupando menos de 0,3% da área de deserto dessas regiões poderia prover 15% da eletricidade a ser consumida na Europa em 2050. Nesse ano, os europeus poderiam cortar até 70% das emissões de dióxido de carbono, gás relacionado ao efeito estufa, se além da energia solar importada também adotassem energia renovável de outras fontes. Os autores do estudo acreditam que levaria de 10 a 15 anos para os países da região gerarem energia suficiente para consumo interno e que, apenas em 30 anos, o excedente começaria a ser exportado para a Europa por meio de cabos. A geração de eletricidade no deserto utilizaria grandes espelhos para concentrar energia solar e gerar energia elétrica. Mas os investimentos necessários podem se tornar um sério obstáculo para essas usinas. Estudos para a construção de uma usina piloto no Iêmen mostraram custo de cerca de US$ 7,5 bilhões. O valor total do projeto é estimado em US$ 500 bilhões (SciDev).

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