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Centro de Pesquisas Maori

Doutores aborígenes

REGIS UNIVERSITY Maoris: centro de pesquisa para formar membros da etniaREGIS UNIVERSITY

Fundado em 2002 pelo governo da Nova Zelândia, o Centro de Pesquisas Maori, em Auckland, nasceu com a ambição de elevar de poucas dezenas para 500 o número de nativos maoris com título de doutor. A meta, segundo reportagem da revista Science, foi atingida com antecedência, no ano passado. Mas fazer ciência e respeitar as tradições do povo aborígene produz tensões. A pesquisadora maori Melanie Cheung, por exemplo, esbarrou em barreiras culturais quando precisou cultivar neurônios para estudar a doença de Huntington, moléstia hereditária que causa degeneração cerebral. Ela foi consultar os anciãos de sua tribo sobre a possibilidade de usar neurônios extraídos de cadáveres. Primeiro ouviu um não como resposta. Para os maoris, os mortos são sagrados. Mas os anciãos aceitaram ouvir os argumentos de Richard Faull, orientador de Melanie. Acabaram convencidos da importância do trabalho, mas fizeram exigências, como a necessidade de fazer uma prece no laboratório em homenagem ao morto ou de cantar uma canção maori sobre a criação da vida.

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