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Tecnociência

E fez-se um vírus no laboratório

Consta que Deus teria criado o mundo em seis dias. Craig Venter, presidente do Instituto de Energia Alternativa Biológica (Ibea), Estados Unidos, ainda não conseguiu ser tão rápido. Precisou de 14 dias para criar o genoma de um vírus sintético, idêntico ao encontrado na natureza e inofensivo ao ser humano, reunindo pedaços de DNA produzidos por uma empresa de biotecnologia. Chamado de bacteriófago phi-X174, é intensamente estudado em laboratório desde os anos 1950, devido à sua capacidade de infectar bactérias, e foi o primeiro vírus seqüenciado, em 1978.

Venter, que havia participado do seqüenciamento do genoma humano, pretende agora montar um genoma sintético que seja de cem a mil vezes maior que o do phi-X, de apenas 20 nucleotídeos (unidades do DNA), feito em colaboração com a Universidade da Carolina do Norte, Estados Unidos. Tais organismos poderiam ser úteis para produzir energia para carros movidos a hidrogênio ou na redução da poluição ambiental. No ano passado, outro grupo de pesquisadores sintetizou um vírus da pólio, pouco maior que o phi-X, usando compostos químicos comprados pela Internet.

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