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Látex

Em busca de mais látex

Plantação de seringueira no Sri Lanka: da Amazônia brasileira para a Ásia

andreas krappweis/wikimedia commonsPlantação de seringueira no Sri Lanka: da Amazônia brasileira para a Ásiaandreas krappweis/wikimedia commons

Cientistas asiáticos estão trabalhando no genoma da seringueira (Hevea brasiliensis), árvore com cerca de 30 metros de altura, cujo látex é usado como matéria-prima para produção de borracha natural. Uma equipe do Centro Riken de Pesquisa Científica Sustentável, no Japão, e da Universidade da Ciência, na Malásia, sequenciou 93% dos genes expressos do genoma da seringueira, com 2,15 bilhões de pares de bases, e identificou regiões do DNA relacionadas à síntese de látex (Scientific Reports, 24 de junho). De acordo com esse trabalho, a produção de látex parece decorrer da expressão coordenada de genes duplicados, que ocupam 72% do genoma, e de outros, associados à resistência a doenças. Em outro estudo recente, Zhi Zou, do Instituto de Pesquisa da Borracha, ligado ao Ministério da Agricultura da China, relatou os mecanismos genéticos que regulam a permeabilidade da célula à água, essencial para o látex (Gene and Translational Bioinformatics, fevereiro). Nativa da Amazônia brasileira, a seringueira é hoje largamente plantada no sudeste da Ásia, principalmente na Malásia, Indonésia e Tailândia, como resultado de um dos primeiros casos de biopirataria da história. Em 1876, o botânico inglês Henry Wickhan contrabandeou mais de 70 mil sementes da região de Santarém, no Pará, e as plantou na Ásia, que superou a produção brasileira em poucos anos.

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