A Embrapa Florestas, unidade da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária com sede em Colombo, no Paraná, começa a avaliar a eficiência de quatro compostos extraídos de folhas do pau-de-balsa (Ochroma pyramidale) em substituição ao uso de mercúrio na mineração do ouro. O pau-de-balsa é uma espécie nativa da Amazônia, cuja seiva é usada por mineradores artesanais na Colômbia para separar ouro de resíduos de mineração. O trabalho teve uma fase preliminar, em 2020, com a caracterização química do pau-de-balsa e a identificação de quatro compostos com potencial para separar o minério.
A avaliação desses compostos será feita em um garimpo em Peixoto de Azevedo, em Mato Grosso, em parceria com outra unidade da empresa, a Embrapa Agrossilvipastoril. Caso os resultados sejam promissores, a intenção do grupo de pesquisa, que também reúne colaboradores das universidades Estadual de Campinas (Unicamp), Estadual de Maringá (UEM), no Paraná, e Federal de Mato Grosso (UFMT), é reflorestar áreas usadas por garimpo com o pau-de-balsa para estimular a exploração mais sustentável do ouro. A química Marina Morales, responsável pelo estudo, disse ao site da Embrapa Florestas que o objetivo do projeto é obter um composto competitivo com o mercúrio e que possa ser usado por pequenas empresas mineradoras – e não apenas em garimpos artesanais.
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