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Brasil

Empresa exporta pontas para brocas

A Clorovale Diamantes, de São José dos Campos (SP), fez sua primeira exportação de pontas recobertas com diamante sintético usadas em brocas de tratamento dentário. “A H.A. Systems, de Israel, comprou mil pontas para brocas de ultra-som que já estão sendo usadas por dentistas em caráter experimental”, informou o físico Vladimir Jesus Trava Airoldi, um dos sócios da Clorovale. Dentro de um ano, a H.A. emitirá um parecer com os resultados do uso das pontas.

“Já sabemos que muitos dentistas estão tendo sucesso”, adianta Airoldi. A empresa faturou cerca de US$ 60 mil com a venda. Segundo o diretor de comércio exterior da Clorovale, Marcos Alves, empresas da Alemanha, dos Estados Unidos, do México e da Itália já mostraram interesse no produto, que não tem concorrentes.

O processo para revestir as pontas com diamante sintético é o que faz o desenvolvimento da clorovale ser mais eficiente que as pontas existentes no mercado. Com a técnica de CVD (Chemical Vapor Deposition ou Deposição Química na Fase Vapor), uma mistura gasosa faz crescer na haste metálica da broca uma camada de diamante.

“A tecnologia antiga usa solda galvânica para fixar pó de diamante na ponta. Com a CVD, a aderência do diamante é mais durável”, compara Airoldi. Além de não emitir o som de “motorzinho” como a broca de rotação, a de ultra-som com ponta de diamante tem a vantagem de remover cáries com precisão, sem dor para o paciente.

A FAPESP, por meio do Programa de Inovação Tecnológica em Pequenas Empresas (PIPE), financiou a criação da ponta e firmou com a empresa contrato de licenciamento da patente, pelo qual recebe um terço dos royalties. “Até agora repassamos à Fundação cerca de R$ 20 mil”, calcula Airoldi.

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