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Nanotecnologia

Empresas lançam máscara reutilizável com agente antimicrobiano

Eficácia do produto da startup Nanox e da fabricante de brinquedos Elka contra o Sars-CoV-2 está sendo testada

Máscara reutilizável Oto: produzida com uso de nanopartículas com ação antiviral

Elka/Nanox

A startup de nanotecnologia Nanox, de São Carlos (SP), e a fabricante paulistana de brinquedos Elka desenvolveram uma máscara respiratória reutilizável dotada de uma tecnologia com efeito bactericida, antifúngico e antiviral. Batizada de Oto, ela tem um filtro descartável PFF2, capaz de reter poeira, aerossóis e agentes biológicos, e foi elaborada com o antimicrobiano à base de prata NanoxClean, criado pela Nanox com apoio do programa Pesquisa Inovativa em Pequenas Empresas (Pipe), da FAPESP. “Temos fortes indicativos de que o nosso antimicrobiano, mesmo incorporado em outros materiais, é eficaz contra o novo coronavírus. Já fizemos estudos com vários microrganismos, inclusive outros vírus, que mostraram que a prata desativa a estrutura e o metabolismo da membrana lipoproteica do agente viral, impedindo sua replicação e ação no nosso organismo”, afirmou o diretor de operações da Nanox, Daniel Minozzi. A eficácia do NanoxClean contra o vírus Sars-CoV-2 está sendo testada no Instituto de Ciências Biomédicas da Universidade de São Paulo (ICB-USP). “Estamos testando produtos de cinco startups, entre elas o agente da Nanox, na mesma plataforma de segurança nível 3 onde fazemos a triagem de drogas para o novo coronavírus. Os resultados devem sair ainda esta semana ou na próxima”, informou o pesquisador do ICB-USP Lúcio Freitas-Junior. A capacidade inicial de produção do dispositivo, uma alternativa às máscaras descartáveis N95 usadas por profissionais da saúde para tratar pacientes com Covid-19, é estimada em 200 mil unidades por mês.

Elka/Nanox O filtro descartável PFF2 é capaz de reter poeira, aerossóis e agentes biológicosElka/Nanox

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