
André Freitas / UnicampMelinaea ludovica, espécie que voa nas matas do Brasil, Venezuela, Colômbia e PeruAndré Freitas / Unicamp
O sequenciamento genômico de borboletas dos gêneros Melinaea e Mechanitis está revelando particularidades por trás da diversificação de espécies. Um grupo internacional de pesquisadores verificou que algumas espécies surgiram como híbridas, um processo que aumentou a variação genética, e depois ficaram isoladas reprodutivamente das ancestrais. Parte desse processo está marcada em diferenças na comparação entre espécies quando se considera o DNA mitocondrial, de origem materna, e o genoma nuclear. A separação de espécies se deu rapidamente ao longo de menos de 2 milhões de anos, por meio de fissões e fusões de cromossomos. “Ainda não sabemos por que esse rearranjo acontece com mais frequência nesse grupo de borboletas, mas observamos uma variação muito grande no número de cromossomos”, diz o biólogo André Freitas, da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), coautor do trabalho. Mesmo que sejam geneticamente próximas, duas espécies com conjuntos distintos de cromossomos não conseguem gerar descendentes quando há cruzamento entre integrantes de cada uma delas (PNAS, 28 de julho).
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