O mel já é um ingrediente comum em pastilhas para a garganta e xaropes contra a tosse. Crendice? Longe disso, segundo um grupo da Universidade de Amsterdã, na Holanda. A equipe liderada por Sebastian Zaatde usou um método novo para isolar os componentes do mel com ação antibiótica e os testou contra vários tipos de bactéria resistentes aos antibióticos tradicionais, segundo artigo publicado em julho no FASEB Journal. O grupo demonstrou que o efeito microbicida do mel depende da ação em conjunto de uma série de compostos. Alguns deles, como o peptídeo defensina-1, têm como papel preponderante manter as colmeias livres de um amplo espectro de bactérias. Esse peptídeo faz parte do sistema imunológico das abelhas Apis mellifera, que o acrescentam ao mel, contribuindo para a conservação dessa fonte de alimento. O achado pode servir como ponto de partida para a busca de novos antibióticos. Também pode ajudar a compreender melhor o funcionamento do sistema imunológico das abelhas e a orientar a criação de linhagens mais resistentes desse inseto, essencial para a agricultura.
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