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Neurociência

Estigma da epilepsia

Pessoas com epilepsia sofrem com o estigma da doença, muitas vezes mais prejudicial que a própria condição em si. A epilepsia é uma das condições que mais afetam o comportamento e a qualidade de vida não só da pessoa que tem a doença, mas também da família. Por isso, os especialistas dizem que a epilepsia causa um impacto biopsicossocial na vida das pessoas. Porém esse aspecto do estigma é pouco abordado, especialmente no Brasil, onde superstições, atitudes negativas e falta de informação dificultam a relação da comunidade com a epilepsia. O artigo “Percepção de estigma na epilepsia”, de Paula Teixeira Fernandes e Li Min Li, da Faculdade de Ciências Médicas da Universidade Estadual de Campinas, teve o objetivo de discutir aspectos relevantes do tema: conceituação e modelos de estigma na área médica e social; estigma e qualidade de vida; fatores operantes; aspectos neurobiológicos e estratégias para se lidar com o estigma na epilepsia. Pelo fato de ser um conceito multifatorial, o combate ao problema requer também uma intervenção ampla, envolvendo as áreas médica, psicológica e social. O entendimento do processo contribui para uma mudança da interpretação social da epilepsia.

Journal of Epilepsy and Clinical Neurophysiology – vol. 12 – nº 4 – Porto Alegre – dez. 2006

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