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Tecnociência

Estratégia contra a tuberculose

Duas mulheres africanas estão por trás de uma descoberta que pode salvar milhões de vidas no mundo inteiro. As sul-africanas Valerie Mizrahi, da Universidade de Witwatersrand, em Johannesburgo, na África do Sul, e Helena Boshoff, do Instituto Nacional de Saúde dos Estados Unidos (INS), mais o norte-americano Clifton Barry, também do INS, descobriram uma proteína que está associada à capacidade de o Mycobacterium tuberculosis desenvolver mutações e tornar-se mais resistente às drogas – esse é o principal problema no combate à tuberculose, causada por essa bactéria.

Em um artigo na revista Cell, os pesquisadores descrevem uma proteína conhecida como DnaE2. À primeira vista, ela é bastante parecida com um tipo de polimerase que copia o DNA, mas na verdade não passa de uma reprodução defeituosa do DNA. Este é o perigo: são os defeitos na matriz que permitem a formação de bactérias ligeiramente modificadas que, quanto mais resistem às drogas, mais se proliferam. Eliminadas as proteínas, camundongos inoculados com o M. tuberculosis voltavam a responder aos medicamentos, além de morrerem em menor quantidade que os animais do grupo com a proteína atuante. A DnaE2 tornou-se um alvo para reduzir a taxa de resistência a drogas gerada por mutações bacterianas.

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