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Tecnociência

Estrelas destroem a vida na Terra

A extinção de animais marinhos ocorrida na Terra há 2 milhões de anos pode ter sido causada por explosões de estrelas supernovas, um dos mais energéticos e potencialmente letais fenômenos do Universo. Um grupo de físicos sob a coordenação de Narciso Benítez, da Universidade John Hopkins, Estados Unidos, verificou que, mais ou menos na mesma época da extinção, no período Plioceno-Pleistoceno, ocorreram explosões de cerca de 20 supernovas do grupo de estrelas Scorpius-Centaurus, que então se encontrava a 130 anos-luz da Terra. A hipótese se apóia no excesso de ferro-60 encontrado em amostras da crosta terrestre retiradas do fundo do mar, que pode ser antigo o bastante para ter se originado em supernovas.

Mas não foi o ferro que destruiu os pequenos organismos que sustentam a vida no mar. Segundo os pesquisadores, os raios cósmicos resultantes das explosões danificaram a camada de ozônio na Terra e permitiram que a radiação ultravioleta do Sol atravessasse a atmosfera, provocando o desaparecimento em massa dos organismos marinhos. No caso da devassa biológica que ocorreu há 65 milhões de anos, sobrevive a hipótese da queda de um asteróide e catástrofes vulcânicas – até o momento, não foi necessário usar supernovas para explicar o fenômeno que eliminou os dinossauros do planeta.

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