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BOAS PRÁTICAS

Estudos mapeiam incidência de má conduta nas áreas de radiologia e medicina nuclear

Casos de má conduta envolvendo fraude, viés de publicação e autoria honorária, atribuída a pessoas que não participaram de forma substancial de um estudo, não são incomuns entre médicos nucleares e radiologistas. A conclusão consta de dois estudos publicados pelo mesmo grupo de pesquisadores da Universidade de Groningen e do Centro Médico de Zuyderland, nos Países Baixos. Um dos artigos investigou a experiência de cientistas da área de medicina nuclear com esses tipos de má conduta. Os autores entrevistaram 254 pesquisadores com pelo menos um paper publicado em 2021 em 15 dos principais periódicos da área: 4,3% admitiram ter cometido algum tipo de má conduta, ao passo que 21,3% testemunharam ou suspeitam de colegas nesse sentido. Práticas de autoria honorária foram vivenciadas por 39,4% dos entrevistados em algum momento de suas carreiras (Journal of Nuclear Medicine, 1° de outubro). O segundo estudo investigou a incidência de má conduta na radiologia e obteve resultados semelhantes. Dos 219 cientistas participantes, recrutados entre autores de artigos publicados em 2021 em 12 revistas de radiologia, 5,9% admitiram ter cometido algum tipo de fraude em suas pesquisas, enquanto 27,4% testemunharam ou suspeitam de colegas em seus departamentos (European Journal of Radiology, 7 de outubro). Entre as práticas irregulares relatadas pelos entrevistados, as mais comuns foram a divulgação de resultados imprecisos, publicação de artigos duplicados ou redundantes, plágio, manipulação e falsificação de dados.

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