À primeira vista, pedras desordenadas em meio a plantas. Um olhar mais atento, porém, notará os desenhos entalhados nas ruínas por trás das flores de lótus, simbólicas no budismo. O Yuanming Yuan, palácio de verão de Beijing, começou a ser construído durante o reinado do imperador Kangxi, nas primeiras duas décadas do século XVIII, por um conjunto de artistas chineses e europeus. Nessa corte trabalhou, durante 10 anos, o artista e arquiteto jesuíta Charles Belleville (Wei-Kia-Lou), que na volta para a França acabou se estabelecendo na Bahia. Registros de sua passagem incluem o teto da sacristia do seminário de Belém da Cachoeira, no Recôncavo Baiano, pintado com referências chinesas adaptadas ao Brasil.
Imagem enviada por Renata Maria de Almeida Martins, professora na Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo (FAU-USP), onde coordena um projeto que investiga conexões entre culturas asiáticas, europeias e indígena no Brasil
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