Daniel Bueno
Foi sugerido recentemente que o exercício físico reduz o risco de os fumantes apresentarem declínio da função pulmonar ao longo do tempo. Um grupo de pesquisadores coordenado por Mílton de Arruda Martins, professor da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP), realizou um estudo experimental no qual mostrou que a atividade física regular diminuiu a probabilidade de camundongos desenvolverem enfisema pulmonar. (European Respiratory Journal, fevereiro de 2012). Em São Paulo, o enfisema atinge 15% da população com mais de 40 anos. “Nosso estudo mostrou que praticar regularmente exercício aeróbio de intensidade moderada ao longo do período de exposição à fumaça de cigarros protegeu os animais do desenvolvimento de enfisema pulmonar”, afirma uma das autoras da pesquisa, Alessandra Choqueta de Toledo, da Universidade Estadual Paulista (Unesp). “Outros estudos devem ser realizados para verificar como seriam esses efeitos em seres humanos”, diz. A atividade física evitou a diminuição na produção da interleucina 10, substância anti-inflamatória, e da superóxido dismutase, uma enzima antioxidante, cujas taxas caem em razão da exposição à fumaça de cigarro. O exercício também reduziu o estresse oxidativo induzido pelo fumo.
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