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Tecnociência

Exercícios com efeito duvidoso

Fazer exercícios ajuda a viver mais, certo? Não é o que diz a teoria científica em vigor, que vê os animais com um estoque finito de energia. Se for verdade, os que gastam mais energia devem ter vida mais curta. Agora um experimento feito na Universidade de Groningen, Holanda, põe em dúvida ambas as visões. Três grupos de camundongos foram acompanhados por três anos: um era de corredores que adoravam se exercitar nas rodas postas em suas gaiolas, outro era de corredores que não tinham acesso a rodas e o terceiro era de camundongos comuns que tinham uma roda para correrem quando quisessem. De acordo com esse estudo, apresentado em outubro no encontro anual da Sociedade Americana de Fisiologia, os corredores que tinham acesso às rodas gastavam 25% mais energia ao longo da vida que os dois outros grupos, mas tiveram longevidade igual aos corredores sedentários – cerca de 90 dias menos que os animais comuns. Os pesquisadores acreditam que os ratos corredores que gastavam mais energia podem ter compensado os danos do estresse oxidativo que resulta do exercício físico intenso com uma maior produção de antioxidantes, mas não encontraram diferenças nos níveis dessas substâncias entre os dois grupos. Por enquanto, continua a corrida para descobrir o que faz os animais envelhecer e morrer.

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