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Estratégias

Febre de laboratórios

Vários laboratórios de alta segurança estão sendo construídos na União Europeia, mas alguns cientistas afirmam que o bloco já tem mais dessas instalações do que necessita. A União Europeia dispõe atualmente de seis laboratórios de nível 4 de biossegurança, nos quais é possível trabalhar com patógenos muito perigosos. Outros oito estão sendo erguidos ou em fase de projeto, com um custo estimado em €174 milhões. A expansão acompanha o boom ocorrido nos Estados Unidos, que elevou nos últimos anos o número de laboratórios de 7 para 13. Cientistas ouvidos pela revista Nature lembram que os centros vão trabalhar em rede, o que será positivo. “Poderemos melhorar a resposta a ameaças em nível pan-europeu”, disse Carla Nisii, pesquisadora do Instituto Nacional de Doenças Infecciosas de Roma. Outros duvidam da necessidade dos centros. Stephan Günther, chefe do Bernhard Nocht Institute for Tropical Medicine em Hamburgo, Alemanha, sugere que a expansão foi determinada pelos temores em relação ao bioterrorismo que se seguiram aos ataques de 11 de setembro de 2001. “Antes disso, só mesmo os pesquisadores em doenças tropicais é que estavam interessados em patógenos muito perigosos”, disse.

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