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Plágio

Flagrantes de plágio

PlgioLAURABEATRIZUm grupo de pesquisadores da Universidade do Sudoeste do Texas, em Dallas, criou um programa de computador que identifica plágios em artigos científicos ao fazer o cruzamento de milhares de textos publicados em revistas especializadas. Com base no monitoramento realizado pelo software, a equipe texana, liderada por Harold Garner, criou uma base de dados sugestivamente batizada de Déjà Vu, que reúne 75 mil resumos listados na base Medline em que há evidências de cópia de outros textos. Em entrevista à revista Nature, Garner disse que 181 artigos são rematadas cópias de outros textos – em um quarto deles a similaridade beira os 100%. Tanto as publicações que reproduziram os textos clonados quanto os pesquisadores vitimados pelo plágio são alertados depois que o software faz o seu trabalho. O biogerontologista francês Eric Le Bourg ficou surpreso ao ver um artigo que publicou no jornal Experimental Gerontology ser integralmente reproduzido no Korean Journal of Biological Sciences, mas com a assinatura de Hak-Ryul Kim, da Universidade de Seul. “Era puro copy e paste. Até os gráficos eram copiados”, disse. Pelo menos 22 plagiadores de 12 países são reincidentes, diz Garner, que se queixa da relutância de certas publicações em denunciar o plágio. Segundo ele, seus alertas não surtiram nenhum efeito em 50% dos casos e, mesmo quando há retratação, ela nem sempre é comunicada à PubMed, a consagrada base de dados de resumos.

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