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Genética contra a malária

Pesquisadores do Laboratório Europeu de Biologia Molecular (EMBL), um instituto que congrega especialistas de 17 países-membros, identificaram quatro novos genes que regulam a habilidade do protozoário da malária, Plasmodium, de sobreviver e desenvolver-se em uma espécie de mosquitos transmissores, o Anopheles gambiae, responsável pela maioria dos casos registrados na África, a região mais atingida – no mundo todo, a malária mata anualmente cerca de 1 milhão de pessoas.

As descobertas, descritas nas revistas Cell (5 de março) e Science (26 de março), poderiam ser usadas para bloquear a propagação dos parasitas, que se reproduzem no interior dos insetos antes de contaminar os seres humanos. Dois dos quatro genes, chamados de TEP1 e de LRIM1, matam o parasita no intestino do inseto. Os outros dois, CTL4 e CTLMA2, protegem o parasita – se esses genes são inativados, os parasitas morrem.

“Muitos pesquisadores se concentram nos efeitos do Plasmodium no organismo humano, mas o inseto transmissor é um campo de batalha igualmente importante na luta contra a malária”, comentou Fotis Kafatos, diretor-geral do EMBL e coordenador do grupo de trabalho sobre malária. “Agora”, diz George Christophides, chefe da equipe, “há a possibilidade de desenvolver medicamentos que possam bloquear a atividade das proteínas que protegem o protozoário.” No total, os pesquisadores descobriram 242 genes responsáveis pela defesa do inseto contra o protozoário causador da malária.

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