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Estratégias

Genoma Cana: além de São Paulo

Paulista de origem, o projeto Genoma Cana está sendo aberto para especialistas de outros Estados e de outras áreas do conhecimento, além da biologia molecular e da bioinformática.Segundo Paulo Arruda,coordenador de DNA do projeto, químicos, físicos e matemáticos podem aproveitar a base de dados sobre genes da cana-de-açúcar, que cresce sem parar. E pelo menos alguns matemáticos já descobriram isso: alguns deles estão interessados em verificar se há algum modelo que explique a seqüência de nucleotídeos nas moléculas de DNA. “Precisamos de mais cabeças criativas”,diz Arruda.

A participação de pesquisadores pode ocorrer especialmente na atividade de data mining(prospecção de dados): basta dispor de um computador ligado à Internet e uma senha de acesso à base de dados do projeto. É o caso da pesquisadora Adriana Hemerly, do Departamento de Bioquímica da UFRJ. Seu grupo estuda os genes envolvidos no controle do ciclo celular e na fixação de nitrogênio em cana. O projeto Genoma Cana permitiu a identificação de genes que ela tenta vai solar da cana há mais de um ano.

Outras dezenas de genes envolvidos no ciclo celular e na fixação de nitrogênio já foram identificadas pelo grupo da UFRJ. Segundo Arruda, há também entendimentos com grupos de pesquisa do Plant Genome Initiative , financiado pela National Science Foundation (NSF) dos Estados Unidos, para incluir a cana no projeto de construção de um mapa genômico integrado das gramíneas e descobrir os genes que fazem a diferença entre as espécies de milho, arroz, sorgo e cana.

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