Imprimir PDF Republicar

Glicemia sem picada

Glicemia sem picada

Qualquer possibilidade que evite as picadas de agulha é bem-vinda nos exames de rotina, por exemplo. Tanto pela dor da invasão que se faz na pele e nos vasos sanguíneos como pela economia proporcionada pela eliminação das injeções usadas uma única vez. Uma esperança que ainda engatinha no Laboratório de Espectroscopia do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT), nos Estados Unidos, é o uso da espectroscopia de Raman para verificação do nível de glicose por meio de um escaneamento com uma pequena sonda emissora de luz infravermelha sobre a pele do braço ou do dedo. A Raman é um método usado para identificar compostos químicos pela frequência de vibrações das moléculas. A sonda serve para medir os níveis de glicose eliminando a extração de sangue. Imaginada há 15 anos pelo professor Michael Feld, diretor do laboratório, a técnica está em desenvolvimento. Em julho deste ano, o grupo do professor Feld  apresentou na Analytical Chemistry um artigo com um novo método de calibração do sistema que permite maior grau de acerto dos níveis de glicemia no sangue. A dificuldade era  medir o nível dessa substância no líquido intersticial logo abaixo da pele. O novo sistema de calibração aumentou a precisão da análise da glicose e, mesmo necessitando de ajustes para ir ao mercado, ajudou os pesquisadores a desenvolver um pequeno equipamento com espectroscopia de Raman, do tamanho de um notebook, que poderá ser usado nos consultórios médicos e nas residências, principalmente de pacientes com diabetes do tipo 1, que, muitas vezes, necessitam medir várias vezes no dia o nível de glicemia.

Republicar