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Praga

Hidrogel com verme contra uma praga

Uma mistura de água, hidrogel e um verme microscópico, Deladenus siricidicola, tem servido para simplificar o controle biológico da vespa-da-madeira (Sirex noctilio), uma espécie acidentalmente introduzida no Brasil que se tornou uma das principais pragas de plantações de Pinus, de acordo com experimentos realizados na Embrapa Florestas, no Paraná. Hoje o verme é misturado a uma gelatina ao ser aplicado em árvores para infectar e esterilizar as fêmeas da vespa (Agência Embrapa, 21 de julho). Quando perfura o tronco da árvore, a vespa-da-madeira pode colocar até 500 ovos e, ao mesmo tempo, liberar uma secreção tóxica, um muco, com esporos de um fungo que obstrui os vasos condutores de seiva. Segundo os pesquisadores, o uso de hidrogel poderia ser mais simples que o da gelatina, cujo preparo demanda tempo e exige uma batedeira elétrica e água gelada e quente. O hidrogel poderia ser misturado com o verme e a água em um saco plástico e depois usado ou armazenado em geladeira. A ação combinada do muco e do fungo leva a planta à morte. De acordo com os pesquisadores, esse novo tipo de aplicação reduziu em 46,5% os custos de produção e em 66,7% o tempo de produção da solução usada para conter a praga. No Paraná e em Santa Catarina, as áreas de plantios de Pinus somam 145 mil hectares. A árvore é usada como matéria prima na produção de papel, celulose, laminadoras, serraria, movelaria e resinas. Desde março de 2015, a Embrapa usa o hidrogel em 6.276 hectares.

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