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Economia

Hormônios em alta

EDUARDO CESAR Emoções fortes: investir afeta organismoEDUARDO CESAR

Para informações sobre o mercado financeiro, uma boa estratégia é medir as taxas hormonais dos operadores. Por 8 dias, pesquisadores da Universidade de Cambridge, na Inglaterra, fizeram exatamente isso. Eles recolheram saliva às 11 da manhã e às 4 da tarde para medir os teores dos hormônios testosterona e cortisol de operadores financeiros de Londres. Os resultados, publicados em abril na revista Proceedings of the National Academy of Sciences, mostram uma re­lação dinâmica entre o mercado, os hormônios e o com­portamento dos operadores. A equipe verificou que, quando o mercado está em crescimento e as chances de lucros são boas, aumenta o teor de testosterona nos operadores, que por isso tendem a tomar maiores riscos e acelerar ainda mais a tendência ascendente. Já em situações de instabilidade financeira, o hormônio dominante se revelou ser o cortisol, que induz à cautela e acaba exacerbando a baixa no mercado. Essas relações podem explicar uma certa inércia comum nos movimentos financeiros, e por que muitas vezes especialistas envolvidos em tendências do mercado têm dificuldade em tomar decisões racionais.

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