Imprimir PDF Republicar

Tecnociência

Implantes em miniatura

Dois dispositivos biomédicos criados por cientistas da Universidade Purdue, nos Estados Unidos, prometem melhorar a vida de quem sofre de epilepsia e glaucoma. Um dos sistemas é um transmissor miniaturizado, apenas três vezes mais espesso do que um fio de cabelo, capaz de detectar, previamente, sinais de uma crise epiléptica. O aparelho, a ser implantado debaixo do couro cabeludo, grava continuamente sinais da atividade neural do paciente graças a eletrodos implantados em vários pontos do cérebro e ligados a ele por fios. As informações são repassadas a um dispositivo externo. Para o professor de engenharia biomédica Pedro Irazoqui, a diferença do aparelho para outros similares já em testes em outras instituições é que os demais gravam dados neurais de somente oito diferentes pontos do cérebro, enquanto o sistema que ele criou capta informação de mil locais diferentes. Com isso, fica mais fácil prever um ataque epiléptico. O outro aparelho é um nanossensor a ser implantado no olho de pacientes com glaucoma para monitorar a pressão intra-ocular. Assim como o dispositivo para controle da epilepsia, este também mede continuamente a pressão do olho e transmite os dados para um aparelho externo. Ambas as tecnologias devem entrar em testes clínicos com seres humanos dentro de, no máximo, dois anos.

Republicar