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redes sociais

Impostura no Facebook

Pelo menos cem pessoas, entre cientistas, autoridades e jornalistas científicos interessados em pesquisa com células-tronco, foram vítimas de uma fraude na internet. Falsos perfis com seus nomes foram criados na rede social Facebook, simulando uma comunidade vinculada ao assunto. “Não gosto nem de pensar por que fizeram isso comigo”, disse à revista Nature Elaine Fuchs, pesquisadora da Universidade Rockefeller, em Nova York, um dos alvos da impostura. A rede retirou os perfis do ar e nenhum prejuízo chegou a ser registrado. Mas as razões que levaram os falsários a criar os perfis animaram os debates entre especialistas em segurança na internet. “As pessoas inventam perfis para sugerir que uma ideia é melhor ou pior do que é na verdade”, disse John Wilbanks, vice-presidente da organização Creative Commons. Um dos perfis fraudados, o do jornalista Rick Weiss, do jornal Washington Post, continha comentários de um certo John Birch, nome de uma entidade que se opõe a pesquisas com células-tronco embrionárias. Mas há outras suspeitas. “Não é impossível imaginar que um pesquisador tenha criado um falso perfil para, fazendo-se passar por outra pessoa, obter dados de um cientista rival”, aposta Davide Balzarotti, especialista em segurança computacional.

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