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Tecnociência

Incremento nanotecnológico

Um anestésico local para ser usado sobre a pele em pequenas cirurgias será o primeiro medicamento a ser lançado dentro de dois anos pela empresa paulistana Incrementha, instalada no Centro Incubador de Empresas Tecnológicas (Cietec) na Cidade Universitária. A novidade é que os princípios ativos do fármaco estarão envoltos em uma cápsula de polímero biodegradável de tamanho nanométrico (1 milímetro dividido por 1 milhão de vezes). “Essa tecnologia vai permitir que o anestésico penetre na pele e se concentre nas terminações nervosas de forma mais eficaz com duração mais longa da ação anestésica e com menos efeitos colaterais”, diz Henry Suzuki, diretor técnico da empresa. Sem revelar quais são os princípios ativos encapsulados, que já são usados em outros medicamentos ou terão suas moléculas modificadas, ele diz que os estudos clínicos começarão assim que a empresa finalize a formulação industrial do produto. Tanto a transferência de tecnologia do polímero nanocomposto como a patente têm a participação de pesquisadores da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Ufrgs) coordenados pelas professoras Silvia Guterres e Adriana Pohlmann. A Incrementha é uma empresa de pesquisa e desenvolvimento formada por duas gigantes brasileiras da indústria farmacêutica, a Biolab e a Eurofarma. Com um ano e meio de vida e 20 funcionários, sendo 11 no laboratório entre mestres e doutores, ela recebeu R$ 4 milhões em investimentos das duas empresas. A previsão neste ano, quando o número de projetos da empresa já chega a 30, é de um orçamento de R$ 12 milhões.

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