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Saúde

Independência da nicotina

A cada ano, o tabagismo mata cerca de 5 milhões de pessoas em todo o mundo e esse número tende a crescer ainda mais. Apenas no Brasil, são 200 mil óbitos. O estudo “Tratamento farmacológico do tabagismo”, de Guilherme Focchi e Ivan Braun, pesquisadores do Grupo Interdisciplinar de Estudos de Álcool e Drogas, do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, mostra a importância da farmacoterapia no tratamento da dependência de nicotina. Além de uma revisão das principais terapias farmacológicas usadas atualmente, o artigo analisa combinações de diferentes produtos usados para reposição de nicotina. “Estratégias educacionais mostraram-se insuficientes para mudar comportamentos relacionados ao hábito de fumar”, afirmam os autores. Por conta disso, a identificação da dependência de nicotina, como transtorno psiquiátrico, levou ao desenvolvimento, sobretudo nas duas últimas décadas, de terapias farmacológicas para a doença. Isso fez com que a importância dos medicamentos no tratamento do tabagismo crescesse progressivamente. De coadjuvantes da terapia cognitivo-comportamental, os diferentes fármacos passaram a ter papel central na abordagem da maioria dos pacientes. O artigo mostra que atualmente existe uma série de tratamentos eficazes para o tabagismo e que os especialistas recomendam o emprego de medicamentos para todo paciente que esteja tentando parar de fumar.

Revista de Psiquiatria Clínica – vol. 32 – nº 5 – São Paulo – set./out. 2005

http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0101-60832005000500003&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt

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