O primeiro nanoprocessador programável do mundo foi desenvolvido por pesquisadores da Universidade Harvard e da Mitre Corporation, empresa privada sem fins lucrativos que administra quatro centros de desenvolvimento para o governo norte-americano. O inovador sistema, que representa um avanço na complexidade dos circuitos de computador que podem ser montados a partir de componentes sintetizados em escala nanométrica, foi descrito em artigo na revista Nature (9 de fevereiro). Os nanocircuitos podem ser programados para realizar operações aritméticas básicas, como adição e subtração, além de funções lógicas. Ao contrário dos circuitos atuais, em que a miniaturização ocorre de cima para baixo, o protótipo do nanoprocessador, feito com nanofios de germânio e silício, foi construído de baixo para cima. Os nanofios foram integrados a fios metálicos em um nanochip com 496 transistores programáveis em uma área de 960 micrômetros quadrados. Pelas contas dos pesquisadores, os transistores de nanofios conseguiram trabalhar com uma eficiência energética 100 vezes maior do que a dos transistores atuais. Também em fevereiro, pesquisadores da Universidade de Nagoia, no Japão, e da Universidade de Aalto, da Finlândia, anunciaram o desenvolvimento de um circuito integrado feito de nanotubos de carbono (Nature Nanotechnology) para uso em aparelhos eletrônicos. Pela técnica, os nanotubos crescem por meio de um processo de deposição química a vapor. Eles passam então por um filtro e são transferidos para um substrato de polímero, processo que demora apenas alguns segundos.
Republicar