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TECNOLOGIA

Inteligência artificial contra o mosquito

LARANJEIRA, C. et al. medRxiv. 2023Detecção automatizada: pontos verdes indicam risco maiorLARANJEIRA, C. et al. medRxiv. 2023

Na batalha entre seres humanos e o mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue, um grupo da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) recorreu à inteligência artificial para identificar focos de reprodução dos insetos. “Estamos testando o que fornece uma maior correlação com a existência das larvas na realidade: imagens aéreas obtidas por um drone ou das fachadas por streetview [ao nível da rua]”, conta a cientista da computação Camila Laranjeira, estudante de doutorado sob a orientação de Jefersson Alex dos Santos, da UFMG. O segredo é treinar modelos computacionais para reconhecer feições que denunciem a existência de criadouros. No caso das imagens aéreas, buscam piscinas, caixas-d’água ou poças; ao nível da rua, usando um sistema de fotografia tridimensional, registram as condições de moradia. “Um imóvel degradado tende a acumular entulho, onde se reproduzem os mosquitos.” Um estudo de caso em 200 quarteirões de Campinas, no interior paulista, integrou esses dados com informações colhidas por agentes de vigilância e armadilhas de mosquitos, que atestam a existência de criadouros. Essa parte do trabalho conta com a parceria do grupo do epidemiologista Francisco Chiaravalloti Neto, da Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo (Jornal da USP, 1º de março).

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