Nove por cento dos pesquisadores e estudantes de pós-graduação de uma escola médica sul-africana já testemunharam uma situação de má conduta, como plágio e fabricação de dados, de acordo com um estudo publicado no final de julho em The Journal of Scientific Practice and Integrity. O levantamento foi realizado na Faculdade de Ciências da Saúde da Universidade Witwatersrand, em Joanesburgo. Todos os 1.385 docentes e 2.425 estudantes de pós-graduação foram convidados a responder a um questionário por meio de um sistema eletrônico que preservava o anonimato. Uma amostra de 168 professores e 265 pós-graduandos aceitou participar da pesquisa. Nenhum deles relatou ter fabricado dados nos últimos 12 meses, mas um pesquisador admitiu ter falsificado informações e dois estudantes reconheceram ter cometido plágio. Já quando as perguntas envolviam atividades nos três anos anteriores, três alunos e dois pesquisadores admitiram ter fabricado dados uma vez. Doze entrevistados – seis pesquisadores e seis estudantes – disseram que excluíram ou alteraram dados de forma seletiva para confirmar uma hipótese nos últimos três anos. Mais docentes (35,2%) do que estudantes (8,8%) relataram ter sofrido pressões antiéticas na atribuição de autoria de artigos científicos.
Republicar