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Mãozinha extra

Mãozinha extra

Henrik EhrssonCérebro enganado: ilusão de ter terceiro braçoHenrik Ehrsson

Já se imaginou com um terceiro braço? Por muito tempo se achou que não fosse possível. Acreditava-se que a imagem que temos de nosso corpo fosse limitada pela estrutura corporal. Mas pesquisadores do Instituto Karolinska, na Suécia, mostraram que não é difícil enganar o cérebro. A equipe de Henrik Ehrsson conseguiu induzir em voluntários saudáveis – com dois braços – a sensação de ter um braço extra (PLoS  ONE, fevereiro). Nos testes os participantes sentavam-se com os braços estendidos sobre uma mesa e, ao lado de seu braço direito, foi colocada uma prótese de borracha. Os pesquisadores criaram a ilusão do terceiro braço ao tocar simultaneamente a mão real e a artificial com um pincel. Para ver se o braço de borracha era sentido como parte do corpo, o grupo mediu o grau de ansiedade dos voluntários quando uma faca era aproximada da mão real e da artificial. Nessas situações, diz Arvid Guterstam, um dos autores do estudo, surge um conflito no cérebro. “Esperava-se que só uma das mãos, presumivelmente a real, fosse sentida como parte do corpo”, explica. “Mas o cérebro resolveu o conflito aceitando as duas.” O grupo acredita que a estratégia possa ajudar na recuperação de acidente vascular cerebral.

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