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SAÚDE PÚBLICA

Mais argumentos contra os vapes

Léo Ramos Chaves / Revista Pesquisa FAPESPAmeaça reiterada à saúde, cigarro eletrônico deve continuar restritoLéo Ramos Chaves / Revista Pesquisa FAPESP

A Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC) manifestou sua oposição a qualquer regulamentação de comercialização dos Dispositivos Eletrônicos para Fumar (DEF), mais conhecidos como vapes (ver Pesquisa FAPESP nos 284 e 319), reforçando as proibições estabelecidas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Para a SBC, são inconsistentes as alegações da indústria do tabaco de que os DEF seriam uma alternativa de menor risco à saúde ou para a redução no consumo de cigarros convencionais. A SBC argumenta que a nicotina e outros compostos dos vapes promovem o desenvolvimento de doenças cardiovasculares, como infarto do miocárdio e acidente vascular cerebral. Os vapes estão também associados a um tipo de lesão pulmonar aguda grave denominada Evali (E-cigarette or Vaping product use-Associated Lung Injury), que geralmente resulta em hospitalização e uma mortalidade de 2,3% dos casos. Por fim, a SBC observa que “o Brasil, na qualidade de signatário da Convenção-Quadro para o Controle do Tabaco da Organização Mundial da Saúde (CQCT-OMS), está compelido, conforme disposto no artigo 5.3, a desenvolver políticas públicas de controle do tabaco” (Arquivos Brasileiros de Cardiologia, 26 de fevereiro).

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