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Geologia

Mais petróleo de xisto

Um equipamento que permitirá aumentar em 25% a extração de petróleo de uma rocha sedimentar popularmente conhecida como xisto está em desenvolvimento na Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (Poli/USP), sob a coordenação do professor Giorgio De Tomi, em parceria com a Petrobras. Chamado de folhelho – por ser uma rocha sedimentar de granulação fina que se divide em folhas – betuminoso, o  xisto é encontrado em vários estados do Brasil, que possui a segunda maior reserva do mundo desse mineral, atrás apenas dos Estados Unidos. O aproveitamento de 25% com o equipamento, que está no primeiro protótipo, será possível porque ele é capaz de extrair óleo de fragmentos finos de xisto, que hoje não são aproveitados no processo  de extração usado pela empresa petrolífera. Pelo processo atual, a rocha, depois de lavrada, é transportada para um britador, onde é reduzida de tamanho e em seguida aquecida em um reator, o que faz com que o óleo seja liberado. Ocorre que somente as frações maiores da rocha, com mais de meia polegada, podem ser processadas. O equipamento criado na Poli, que já tem pedido de patente, é capaz de processar partículas bem finas da rocha, com menos de meia polegada de espessura. Jatos de água sob pressão lançam os fragmentos de xisto em um anteparo de metal. Com o impacto, as frações são quebradas em partículas ainda menores e o óleo é separado.

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