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Malária na pele

Malária na pele

O trabalho de pesquisadores do Instituto Pasteur, em Paris, vem alterando a compreensão de como se instala no organismo o parasita causador da malária, que infecta a cada ano cerca de 250 milhões de pessoas no mundo e mata 1 milhão. Na Unidade de Biologia e Genética da Malária do Pasteur, o biomédico brasileiro Rogerio Amino infectou mosquitos do gênero Anopheles, transmissores do parasita, com uma espécie de Plasmodium que causa malária em roedores. Em seguida, deixou os mosquitos picarem os camundongos e, com um microscópio que permite reconstruir imagens em três dimensões de tecidos vivos, observou o que acontecia. Algumas horas depois de penetrar na pele dos roedores, cerca de 50% dos exemplares de Plasmodium permaneciam ali – e 10% continuavam no local um dia mais tarde –, onde parte dos parasitas amadureceu e alcançou o estágio em que são capazes de invadir as hemácias e causar a doença. Antes desse resultado, antecipado na edição 153 de Pesquisa FAPESP e publicado no início de outubro na revista PNAS, acreditava-se que em mamíferos essa etapa de amadurecimento do protozoário ocorresse apenas no interior das células do fígado.

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