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Saúde

Marcas da droga

Após o histórico do surgimento e do uso das drogas ilícitas conhecidas como cocaína, heroína, ecstasy e maconha, o estudo “Manifestações cutâneas decorrentes do uso de drogas ilícitas”, de Bernardo Gontijo, Flávia Vasques Bittencourt e Lívia Flávia Sebe Lourenço, da Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Minas Gerais, explica como o consumo de cada uma delas é capaz de marcar a pele do usuário. O consumo de maconha como de cigarros convencionais aumenta o risco de envelhecimento cutâneo precoce, provocando acentuada lividez e o aparecimento de rugas. A perda da sensação térmica, decorrente do uso de crack, causa queimaduras com freqüência nos dedos e a alta temperatura da fumaça provoca a rarefação dos supercílios. No entanto os problemas mais graves são decorrentes do uso de drogas injetáveis, que podem provocar manifestações cutâneas agudas ou crônicas. “Algumas delas são provocadas pela própria droga, mas a maioria é desencadeada pelos adulterantes. Tanto à cocaína como à heroína são acrescidas substâncias totalmente incompatíveis com o uso injetável, tais com o talco, quinino, amido, açúcar e farinha, entre outras, com o objetivo de aumentar os lucros dos traficantes”, esclarecem os pesquisadores. As infecções na pele decorrentes deste uso oscilam desde abscessos superficiais até a morte do tecido.

Anais Brasileiros de Dermatologia – vol. 81 – nº 4 – Rio de Janeiro – jul./ago. 2006

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