Christina QueirozEntrada para o Orquideorama, no Jardim Botânico de Medellín, onde acontecem as principais sessões da WCSJ. O espaço abriga uma parte do jardim e também recebe eventos sociais e culturaisChristina Queiroz
A Federação Mundial de Jornalistas de Ciência (WFSJ) organiza a 12ª edição da Conferência Mundial de Jornalistas de Ciência (WCSJ), na cidade de Medellín, na Colômbia. Sediado pela primeira vez em um país da América Latina, a proposta da edição atual é debater o jornalismo de ciência a partir dos desafios de países em desenvolvimento e, especialmente, de nações latino-americanas.
Meio ambiente, crise climática, segurança alimentar, fontes energéticas, biodiversidade, conhecimento indígena e jornalismo de soluções são alguns temas da conferência. Uma das principais palestrantes do evento é a bióloga Brigitte Baptiste, reitora do Centro de Atenção Regional – Universidade EAN, em Medellín. A pesquisadora, que até 2019 dirigiu o Instituto de Investigação de Recursos Biológicos Alexander von Humboldt, desenvolve estudos pioneiros associando ecologia com a teoria queer. Baptiste foi uma das primeiras mulheres trans de seu país a exercer o direito de mudar seu gênero no documento de identidade. A conferência também contará com a presença de Sandra Valenzuela, advogada especializada em direito ambiental, que há mais de 25 anos trabalha com questões envolvendo a Amazônia; Ndumiso Cingo, gerente de Associações Estratégicas do Conselho de Investigações Científicas da África do Sul; e Yesenia Olaya Requene, vice-ministra de Talentos e Apropriação Social do Conhecimento do Ministério de Ciências da Colômbia.
A WFSJ foi fundada há 20 anos e está sediada em Montreal, no Canadá. Cerca de 70 associações de jornalistas de todo o mundo e 10 mil profissionais de ciência e tecnologia fazem parte da rede, incluindo jornalistas, escritores, editores e comunicadores científicos.
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