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psicologia

Medindo as palavras

Quando organizações terroristas divulgam vídeos ou cartas, seus integrantes não imaginam que cada palavra será destrinchada. O psicólogo James Pennebaker, da Universidade do Texas, Estados Unidos, desenvolveu um método de análise psicológica baseada na contagem e classificação de palavras. A pedido do FBI, a polícia federal norte-americana, ele avaliou comunicações da Al Qaeda. Verificou que, ao longo dos anos, Osama bin Laden fez uso constante de pronomes de primeira pessoa (eu, meu, minha). Já o segundo homem da organização, Ayman al-Zawahri, passou a usar essas palavras com mais freqüência. “Esse aumento sugere maior insegurança, sentimento de ameaça e talvez uma mudança na relação com Bin Laden”, escreveu Pennebaker em relatório publicado este ano. O psicólogo usa o mesmo enfoque para avaliar a recuperação de pessoas que sofreram trauma. Pessoas cuja saúde mental está melhorando usam menos pronomes de primeira pessoa e mais palavras que indicam causa e efeito – uma pista de que estão pensando sobre o que escrevem, não simplesmente relatando (New York Times).

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