Imprimir PDF Republicar

Tecnociência

Meio humana, meio símia

Saiu das areias do deserto da Etiópia um esqueleto de uma criança – provavelmente uma menina – de 3 anos de idade que viveu há cerca de 3,3 milhões de anos. É a criança mais antiga já descoberta e o primeiro representante juvenil de uma espécie primitiva de seres humanos, o Australopithecus afarensis, descrita na edição de 21 de setembro da revista Nature. Encontrada e descrita por paleontólogos liderados por Zeresenay Alemseged, do Instituto Max Planck de Leipzig, Alemanha, a chamada filha de Lucy, em alusão à representante adulta mais antiga já encontrada dessa linhagem remota da espécie humana, concilia algumas características de macacos  da cintura para cima  e humanas da cintura para baixo. Caminhava em pé, mas tinha braços bastante semelhantes aos de chimpanzés e de gorilas, numa clara indicação de que era hábil em escalar árvores. Quase completo, o esqueleto deverá ajudar bastante a entender a morfologia, o comportamento, os movimentos e os padrões de desenvolvimento de nossos ancestrais.

Republicar