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Brasil

Menos batata no mar

As populações de Lopholatilus villarii, peixe popularmente conhecido como batata e historicamente um dos mais capturados no Sudeste, reduziram-se quase 40% entre 1995 e 1999 no trecho de litoral que vai de Santa Catarina ao norte do Rio de Janeiro. De acordo com estudo feito pelo biólogo Antônio Olinto Ávila da Silva, do Instituto de Pesca de São Paulo, o estoque total de indivíduos da espécie diminuiu de 1,9 milhão de exemplares para 1,2 milhão durante esse período.

“Para não colocar a espécie em risco, o esforço de pesca do batata deveria se reduzir a 10% do que se fez em 2 000”, diz Ávila da Silva. Pescado com linha de anzol, espinhel de fundo (um conjunto de anzóis) ou até com redes de arrasto, geralmente ao lado de outras espécies com as quais divide o mesmo hábitat, como o cherne (Epinephelus niveatus) e o namorado, o batata costuma viver em águas frias a uma profundidade na casa dos 300 metros.

Os espécimes machos podem medir até 1,2 metro. Considerado menos nobre do que seus vizinhos no mar, o batata é comumente vendido em restaurantes como se fosse cherne ou namorado, espécies de maior valor comercial e de grande procura pelos comensais.

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